terça-feira, 12 de junho de 2007

O Último Vôo da Borboleta

Pobre borboleta de alma amante,
voou para o Sol e para a Lua,
procurou a ti, beija-flor errante,
implorou uma resposta tua.

Fracas asas que voam no céu,
sumindo nestas nuvens de amor
em meia a tantas doses de fel
procura o perfume de outra flor.

Alça vôo, rápida e valente,
a borboleta perdida em lágrimas,
derramadas a ti, cigano doente,
iludiu estas asas com tua mágica.

Estás perdendo o amor, beija-flor,
enquanto voa esta alma insana,
perdes da borboleta os beijos de amor,
te esqueces que ora o vento engana.

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