Durante um tempo - quase um ano, eu pensei que conseguiria sobreviver sem colocar no papel (ou no computador) as minhas emoções. Foi um momento em que a poesia começou a modificar aquilo que eu sentia pelas pessoas e, ao invés de ser uma válvula de escape, transformou-se em minha perdição.
Eu estava errada, completamente errada, quando imaginei que seria "produtivo" parar de escrever e tentar ser menos sensível ao mundo e às pessoas. Eu sou viciada nisto, não consigo viver sem registrar o que sinto em forma de versos e, mesmo que isto modifique meus sentimentos e a minha razão, eu não consigo me desvencilhar da única droga em que eu sou viciada: a poesia.
Falso ser
"Eu sou aquilo que falhei ser."
(Bandeira)
Eu quase não existo
Quando finjo, ao mundo,
Prudentemente existir
E não me sentir em tudo.
Eu sou o retrato da alma
Fracassada, derrotada,
Lentamente estagnada:
Eu não me enxergo em nada.
Como borboleta sem rumo,
Vivendo presa em casulo
Vou seguindo um caminho
Que do futuro leio tudo.
Eu quase não sou
Quando tento, inútil ser
O destino que me impôs
O amanhã que não sei viver.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Uia! Depois de um bommmm tempo distante você volta e com palavras tão "escancaradoras" de coração.
E o poema eu adorei mais ainda.
Bem, se você vai escrever eu vou estar te visitando sempre.
Bj e boa sorte.
Inté!
adorei seus poema abraçossssssssssssssssss
Postar um comentário